Novo termo aditivo ao Contrato 23/2024, celebrado entre a Agespisa e a Construtora Construnova, estende a execução das obras da adutora do Jenipapo até 12 de junho de 2025. A adutora trará água da barragem para São João do Piauí.

O extrato publicado pela Águas e Esgotos do Piauí S.A. (Agespisa) estabelece que os prazos de execução e de vigência previstos na Cláusula Quinta do contrato original ficam prorrogados por mais 90 dias — de 15 de março a 12 de junho de 2025. O documento, assinado em 13 de março e publicado somente nesta semana no Diário Oficial do Estado, mantém a Construtora Construnova Ltda como executora do serviço de implantação do sistema adutor do município de São João do Piauí.

O sistema levará água da Barragem do Jenipapo até a zona urbana por uma adutora de 16 km, com captação, estação elevatória e estação de tratamento compacta. A Agespisa afirma que a intervenção dará “uma solução definitiva” às reclamações sobre água com alta concentração de ferro e manganês distribuída hoje por poços locais.

O contrato inicial com a construtora Construnova foi celebrado em fevereiro do ano passado, no valor de R$ 16,42 milhões de reais. Em 03 de julho um primeiro aditivo aumentou o valor da obra para R$ 20,44 milhões. Em 02 de setembro foi celebrado novo contrato com a mesma empresa, que elevou o custo da obra para R$ 25,41 milhões de reais.

Agora, no último mês de março, um novo aditivo prorroga o prazo para conclusão da obra. Fundada em 1991 e sediada em Teresina, a Construnova atua na construção de edifícios e tem como sócio‑administrador José Dias de Castro Júnior, irmão do Senador Marcelo Castro.

Em julho de 2024 a Agespisa informava 70 % de avanço físico e previsão de conclusão da obra para outubro daquele ano, prazo que não se confirmou. Neste ano, responsáveis pela obra deram entrevista à Alvorada FM e chegaram a afirmar que a obra estaria em fase de acabamento final e seria entregue até este mês de abril.

A Agespisa, entretanto, não divulgou nova previsão de término, mas, com a prorrogação, a obra deve ser entregue até 12 de junho de 2025, caso um novo aditivo não seja celebrado. O Tribunal de Contas do Estado monitora o contrato e pode exigir explicações sobre custos e prazos.

Enquanto a obra não é concluída, moradores continuam recebendo água considerada imprópria para consumo, com índices de ferro até 17 vezes acima do limite legal, segundo laudo da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Piauí (Agrespi).

 

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