Uma das maiores empresas de energia da China, a estatal CGN (China General Nuclear Power Group), vai investir mais de R$ 3 bilhões em novos projetos de energia renovável no Piauí. O anúncio foi feito após a assinatura de um memorando de entendimentos com o governo estadual, nesta segunda-feira (12).

A CGN já atua no estado desde 2019, com parques solares em Ribeira do Piauí e eólicos em Lagoa do Barro. Com o novo acordo, a companhia pretende expandir sua presença com a construção de novas usinas que, juntas, devem alcançar mais de 1,4 gigawatt em capacidade instalada.

Além da ampliação dos parques já existentes, os projetos envolvem a implantação de um sistema de armazenamento de energia e o desenvolvimento de um projeto piloto de geração termossolar — uma tecnologia que transforma a radiação solar em eletricidade de forma diferenciada.

Durante a fase de construção, a expectativa é de geração de cerca de cinco mil empregos diretos, movimentando a economia local e fortalecendo o setor de energias limpas no estado.

O investimento faz parte de uma série de acordos que estão sendo firmados durante uma missão oficial brasileira na China.

Estudantes do ensino médio da rede pública estadual e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Piauí poderão tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de forma gratuita a partir de 2025. A medida faz parte do Programa CNH Social, criado pela Lei nº 8.674, sancionada recentemente no estado.

O programa vai beneficiar 10 mil estudantes no próximo ano, oferecendo a categoria A (motocicleta), com todos os custos cobertos, incluindo exames médicos, aulas teóricas e práticas, provas e emissão da Permissão para Dirigir (PPD). Os critérios de seleção serão definidos em edital da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), com exigência de residência em municípios piauienses integrados ao Sistema Nacional de Trânsito.

As aulas teóricas serão oferecidas por meio do Canal Educação, em 86 escolas espalhadas por 14 municípios do estado. No entanto, os nomes dos municípios contemplados ainda não foram divulgados oficialmente. A expectativa é que esses detalhes sejam esclarecidos com o lançamento do edital previsto para o mês de junho.

Além da gratuidade da CNH, o programa também prevê a distribuição de 10 mil capacetes em 2025. A meta é beneficiar 60 mil estudantes até 2030.

O governo federal está se mobilizando para criar um plano de ressarcimento para os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que sofreram descontos ilegais. Em uma reunião convocada na segunda-feira (5) no Palácio do Planalto, a Casa Civil, liderada pelo ministro Rui Costa, discutiu o tema com outros ministros e representantes de órgãos envolvidos, incluindo o Ministério da Previdência, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU). A expectativa é que o plano seja divulgado até a próxima semana.

O Plano de Ressarcimento Excepcional está sendo elaborado pelo INSS e pela AGU e foi apresentado pela primeira vez à Presidência durante a reunião. Antes de ser formalmente anunciado, o ressarcimento precisa da autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo planeja criar um canal exclusivo onde os aposentados poderão apresentar seus pedidos de reparação, que serão analisados individualmente. Contudo, um dos principais desafios está relacionado à origem dos recursos necessários para esses pagamentos.

Após a reunião, as discussões sobre como viabilizar o ressarcimento continuaram na sede do Ministério da Previdência. O governo estuda duas opções: remanejar o Orçamento de 2025, cortando verbas de outras pastas e emendas parlamentares, ou abrir um crédito extraordinário, o que poderia aumentar a dívida pública e desagradar investidores. O Ministério da Fazenda defende que o ressarcimento não deve extrapolar o arcabouço fiscal, exigindo cortes em outros setores para equilibrar as contas.

Além de definir a forma de ressarcimento, o governo busca responsabilizar judicialmente as 11 entidades acusadas de envolvimento no esquema criminoso, embora essa abordagem possa resultar em um processo demorado. As investigações da CGU e da Polícia Federal apontam que o prejuízo pode atingir R$ 6,3 bilhões, afetando cerca de 4 milhões de vítimas em todo o país. Desde o início do ano, o INSS acumulou 532 queixas anônimas sobre descontos não autorizados, o que demonstra a extensão do problema e a urgência de uma solução eficaz para as vítimas.